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As Fraquezas dos Santos


- "Da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra"

Vez que outra me deparo com as fraquezas dos homens e mulheres de Deus do passado, apresentados na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11. Qualquer pregador e escritor inteligente poderá desconstruir e falar negativamente das vidas de Abraão, Isaque e Jacó; qualquer pregador, se quiser, poderá pincelar de preto e branco a vida de Davi e descolorir a beleza dos personagens da Bíblia. Se alguém quiser desacreditar a vida e a biografia de cada pessoa citada em Hebreus, terá argumentação suficiente para fazê-lo.
Todos cometeram erros. Noé, o grande intercessor, vacilou, embriagou-se, e amaldiçoou o seu filho. Abraão, o amigo de Deus, diante dos reis, temeu e mentiu. Isaque também. Jacó, e os patriarcas - exceção de José - foram enganadores e mentiram. Gideão se prostituiu espiritualmente fazendo uma estola sacerdotal. Davi, homem segundo o coração de Deus, no auge do reino adulterou e foi homicida. Salomão, que de Deus recebeu tanta sabedoria e conhecimento, cedeu ante os prazeres da carne.
É preciso ler Hebreus 11 pela ótica de Deus. Eram pessoas que fraquejaram? Sim! E como fraquejaram! Mas Deus não os vê como nós os vemos. Deus os vê como seres humanos, sujeitos a fraquezas; e os vê como pessoas de fé, e vencedoras. A vida desses personagens é-nos exposta como exemplo de fé que supera a fraqueza. Estão ali para nos incentivar a seguir na jornada da vida cristã, apesar das fraquezas.
As fraquezas tendem a levar ao desânimo, e a única maneira do obreiro ser um vitorioso, é aprender a depender de Deus em tudo o que faz, pois a coisa que Deus mais valoriza nos seus servos é a humildade seguida de quebrantamento. Quantos de nós oscilamos e lutamos todos os dias entre a unção e a fraqueza? Sentimos que estamos cheios do Espírito Santo, que temos poder; admiramo-nos de que os demônios se agitam com nossa presença, curamos os enfermos e profetizamos, fazemos obras gloriosas e, no entanto, cedemos diante do pecado. Uma verdadeira guerra se trava dentro de nós. Unção e fraqueza convivem lado a lado - dentro de nós, numa luta sem tréguas!
A que diga que: Às vezes Deus deixa nos melhores santos algumas fraquezas e, por mais que queiram não conseguem desvencilhar-se delas, nem corrigir-se, para que sintam sua própria fraqueza, e ver o que seriam sem a graça de Deus. Só as fraquezas impedem que nos vangloriemos dos favores que de Deus recebemos.
Cuidando do nosso caminhar
Quero exemplificar a questão da fraqueza usando a visão que Ezequiel teve dos querubins. O profeta descreve os querubins como seres diferentes, com seis asas. Com duas asas cobrem o rosto, com duas cobrem os pés e com as outras duas voam. Imagino que encobrem o rosto por serem belos, e precisam encobrir os pés, por causa da imperfeição. Ainda que seus pés brilhem como o bronze polido, os querubins têm pés de vaca! A Bíblia diz que são de bezerros! (Ez 1.7). Quer dizer, têm pernas de homem, mas pés de bezerro! Imagine-se um homem, com pé de vaca!
A glória que brilha sobre seus rostos serve para esconder a fraqueza!
Nossos pés, ao que se depreende das Escrituras também são símbolos de imperfeição, e Deus quer que nos apresentemos diante dele como somos. Os sapatos que usamos encobrem a feiúra de nossos pés. Nenhum homem, ao que parece gosta de expor seus pés; não os acha belo. Por isso usa os melhores calçados, não apenas para escondê-los e protegê-los, mas também para poder caminhar mais confortavelmente. Moisés apresenta-se calçado diante da sarça e Deus lhe pede que se aproxime descalço! Josué está diante do anjo, calçado, pronto para a guerra e este pede que Josué tire os sapatos: (Js 5.15). Os pés falam de nosso caminhar e da nossa imperfeição. Por isso queremos protegê-los.
Paulo afirma: "E os que nos parecem menos digno no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra" (1 Co 12.23). Assim somos nós, os obreiros. Somos fracos quando estamos diante de Deus e do povo. Temos uma aura de glória celestial sobre nossas cabeças quando pregamos o evangelho, e os pés empoeirados da caminhada. No entanto, como um querubim que, apesar de tanta glória tem pés como de bezerro, os pés dos pregadores recebem o brilho celestial que encobre sua imperfeição! Parece que Deus vê os nossos pés sob o ângulo de sua glória: "Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Is 52.7).
O obreiro pode recender ao perfume de Deus, ao brilho de sua glória, mas Deus sempre deixa um quê de imperfeição para mantê-lo humilde diante dele. Na vida familiar uma esposa que não entende seu ministério; um filho que se desvia; um negócio que emperra; uma calúnia que o atordoa; um pecado do qual não consegue se desvencilhar; qualquer coisa, para que olhe para seus pés e se envergonhe de sua imperfeição. O obreiro quando olha para o espelho e vê refletido nele a glória de Deus tem a tendência de se exaltar, mas ao olhar para os seus pés, não pode fazer outra coisa senão chorar!
Paulo poderia se gloriar das tantas revelações e visões.
Paulo tinha uma fraqueza; os pregadores e santos têm fraquezas. Deixe-me dizer isto: Certas marcas de pecado jazem em nossa mente a fim de lembrar-nos de que somos salvos e vivemos por causa da graça de Deus. Paulo orou três vezes - mas Deus não afastou a imagem que o oprimia. Deus conhecia a fraqueza de Paulo e indicou-lhe que teria de conviver com ela toda a vida. A resposta de Deus? "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo..." (2 Co 12.9).
"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós" (2 Co 4.7). A glória opera em vasos imperfeitos! E nossa imperfeição está ali, apontando para nós, dizendo-nos que precisamos de Deus, sempre!
Deus deixa certas falhas nos seus filhos para que aprendam a depender exclusivamente dele. A glória e a graça de Deus vêm sobre nós escondendo nossas fraquezas. Assim como os pés de bezerro - feios - brilham com a glória de Deus, nosso caminhar é santificado por sua glória! Todos os que aparecem na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11 possuíam fraquezas: Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, etc. Algumas fraquezas inadmissíveis hoje pela liderança da igreja!
Sara é lembrada por sua fé, e não porque duvidou. Abraão, por sua fé, e não porque mentiu. Noé por sua fé, e não porque se embriagou e amaldiçoou o filho.
Uma frase do escritor aos Hebreus resume a vida desses heróis da fé: "da fraqueza tiraram força" (Hb 11.34).
No meio das tribulações - sejam elas devido a erros cometidos, a falhas humanas ou vindas diretamente de Satanás, o peso de glória é eterno, acima de toda comparação (2 Co 4.18). Porque a glória que sobre nós brilha vem de Deus. Apenas refletimos a glória dele!
Pois o que de Deus recebemos é depositado em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa!

Autoridade, Liderança, Obediência e submissão.

 

O que é autoridade? É o legítimo poder de comando ou de ação. líder é aquela pessoa que reúne as condições necessárias para conduzir o grupo ao objetivo comum. Do passado ele precisa trazer conhecimento, experiência e, como resultado, habilidade. Em relação ao presente, precisa ter ampla e clara percepção. Quanto ao futuro, o líder precisa ter visão. Estamos falando de conceitos ideais. Na prática, destaca-se a pessoa que consegue reunir a melhor combinação possível desses elementos. A importância da obediência - nós, que estamos debaixo de autoridade, devemos obedecer. Sabendo que nossos líderes estão se empenhando por exercerem uma liderança sábia e justa, nada nos resta senão a fiel obediência. E por quê o faremos? Todo grupo tem um objetivo que justifica sua existência. Se obedecemos, estamos contribuindo para que o objetivo seja alcançado. Se desobedecemos estamos traindo a nós mesmos e prejudicando todo o grupo. O grande problema da história de Israel foi a desobediência. Aliás, o grande problema da história humana é esse. Adão e Eva tinham um único mandamento para cumprir e conseguiram desobedecê-lo. E assim continua até hoje. O povo de Israel foi desobediente ao Senhor. As consequências foram maldições diversas, inclusive o cativeiro, a perda da terra de Canaã e a dispersão pelo mundo afora. Submissão é diferente de obediência. Submissão é o compromisso, a postura, atitude interior. Obediência é o cumprimento de uma ordem específica. Precisamos portanto, ser submissos e obedientes. Uma coisa não é suficiente sem a outra. Aquele que diz ser submisso, mas nunca cumpre uma ordem, deverá rever sua posição. Mas existem também aqueles casos de pessoas que cumprem ordens, mas estão se remoendo por dentro. São obedientes, mas não são submissas. Isso é mais comum em situações hierárquicas, onde se utiliza o termo "subordinado". Querendo ou não, o soldado vai obedecer ao comando. Na igreja, porém, o que se deseja é que sejamos obedientes e também submissos. A submissão está no coração, nas intenções. Quem é submisso, obedece até na ausência do líder e jamais murmura pelos cantos, pelas rodas de amigos e corredores da igreja (Fp2.12).

Grande coisa é viver na obediência, sob a direção de um superior, e não dispor da própria vontade. Muito mais seguro é obedecer que mandar. Muitos obedecem mais por necessidade que por amor: por isso sofrem e facilmente murmuram. Esses não alcançarão a liberdade de espírito, enquanto não se sujeitarem de todo o coração, por amor de Deus. Anda por onde quiseres: não acharás descanso senão na humilde sujeição e obediência ao superior. A imaginação dos lugares e mudanças a muitos tem iludido.

Verdade é que cada um gosta de seguir seu próprio parecer e mais se inclina àqueles que participam da sua opinião. Entretanto, se Deus está conosco, cumpre-nos, às vezes, renunciar ao nosso parecer por amor da paz. Quem é tão sábio que possa saber tudo completamente? Não confies, pois, demasiadamente em teu próprio juízo; mas atende também, de boa mente, ao dos demais. Se o teu parecer for bom e o deixares, por amor de Deus, para seguires o de outrem, muito lucrarás com isso.

Com efeito, muitas vezes ouvi falar que é mais seguro ouvir e tomar conselho que dá-lo. É bem possível que seja acertado o parecer de cada um: mas não querer ceder aos outros, quando a razão ou as circunstâncias o pedem, é sinal de soberba e obstinação.

Deus Abençoe: Pr. Joel Medeiros