(Ne.1.1). Servindo ao Senhor na restauração de Jerusalém.
Após o final do exílio na Babilônia e a conquista daquele império pela Pérsia, muitos judeus ali permaneceram. Por este motivo, encontrava-se Neemias na cidade de Susã, no ano 445 a.C., trabalhando como copeiro do rei Artaxerxes Longímano
- Certo dia, lhe trouxeram notícias de Jerusalém. A cidade estava assolada, com seus muros derrubados e as portas queimadas.
- A situação de Neemias - no palácio era excelente. Ele poderia ter ficado indiferente ao sofrimento do seu povo na Palestina. Entretanto, pranteou.
De imediato, aprendemos algumas lições com aquele homem de Deus:
1. - Não podemos olhar apenas para nossa condição pessoal, quando muitos estão sofrendo,
a) Não podemos ser insensíveis e indiferentes. Entretanto, as emoções não representam um fim em si mesmas, senão apenas o início de um longo processo. Neemias, não apenas chorou, mas também orou e jejuou (Ne.1.4-5).
b) Ele sabia que a realidade natural era resultado de fatores espirituais.
c) Em muitas situações, a oração não deve ser um ponto final, mas apenas uma das providências a serem tomadas. Depois da oração, Neemias partiu para a ação, solicitando permissão ao rei para se retirar por algum tempo a fim de conferir a condição de Jerusalém e reconstruir a cidade.
2.- Ele tinha visão do que poderia ser feito diante da crise e estabeleceu um projeto ambicioso. O exemplo de Neemias nos adverte para outro risco:
a) Não podemos agir sem orar,principalmente em momentos de importantes decisões. Quem age por conta própria assume sozinho a responsabilidade pelos resultados, dispensando o auxílio divino.
b) O teor da oração de Neemias nos ensina sobre o valor do arrependimento e da confissão (Ne.1.6), embora, naquele caso, os principais pecados tenham sido dos pais, cujas consequências afetaram a vida dos filhos. É o que se nota pelo fato de ter Neemias, ao que tudo indica, nascido na terra do cativeiro.
c) O pecado precisa ser removido, confessado e perdoado, para que a restauração aconteça.
d) Neemias estabeleceu como sua meta mais importante a reconstrução das muralhas. Não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Portanto, é necessário que estabeleçamos prioridades.
3. - PROTEÇÃO - Já fazia muitos anos que os cativos tinham começado a voltar à sua terra. O templo já havia sido reconstruído. Entretanto, pela ausência dos muros, a vulnerabilidade era total. Os inimigos entravam e saíam de Jerusalém quando bem entendiam. Assim, todas as ações dos judeus ficavam prejudicadas.
a) Em nossas vidas, também precisamos construir muros. É necessário que percebamos por onde o inimigo tem entrado para que ali coloquemos um bloqueio, uma barreira.
b) O cristão não pode ser aberto a toda e qualquer influência. Não podemos aceitar tudo o que nos é proposto, recebendo qualquer doutrina ou costume, acreditando em tudo e em todos.
c) Precisamos construir muros, que são nossas atitudes de rejeição e resistência às investidas do maligno.
d) Os moradores de Jerusalém poderiam dizer: "Não precisamos de muros, pois Deus
nos guardará". Eles não disseram isso. Sabiam que a responsabilidade humana não
pode ser transferida para Deus, mas apenas compartilhada.
4. - LIMITES - "Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito." (Pv.25.28). Muros representam limites. Além de barreira contra o inimigo, são medidas de domínio próprio.
Não podemos ser indefesos e vulneráveis. Os muros escondem e, ao mesmo tempo, protegem o que há de valor dentro da cidade. Quem quer aparecer demais corre o risco de abrir mão de vários fatores de proteção. Estar protegido é estar oculto, evitando a exposição desnecessária. Nem tudo é para ser mostrado, revelado ou compartilhado.
5. – TRABALHO - Construir uma muralha de pedras ao redor da cidade seria um empreendimento dos
mais difíceis. Neemias e os que com ele estavam precisavam trabalhar muito.
a) Nós também devemos estar dispostos para o esforço e o trabalho árduo. Neemias orava sempre (Ne.1.4; 2.4; 4.4,9; 5.19; 6.9) e nós devemos orar também, mas a oração não substitui o trabalho.
b) Deus fará o que não está ao nosso alcance. Quanto ao mais, ele abençoará a obra das nossas mãos. Aquele servo de Deus poderia ter orado dizendo: "Senhor, envia os anjos construtores para que levantem esta muralha".
6. – OPOSIÇÃO - Logo que os judeus começaram a edificar os muros, os inimigos se manifestaram para tentar impedir que a obra fosse adiante (Ne.4.1). O texto nos diz que Tobias (amonita), Sambalate (governador da Samaria) e Gesén (árabe) ficaram irados e criticaram os edificadores. Havia ali motivos étnicos, políticos e religiosos. Em nenhum momento, houve um ataque armado contra os judeus, mas muitas palavras foram usadas para intimidá-los.
a) Os obreiros foram criticados, chamados de fracos.
b) A obra foi criticada. Disseram que uma simples raposa derrubaria o muro que estava sendo levantado (Ne.4.3).
c) Houve questionamento, acusação, calúnia, fofoca, ameaças (Ne.4; Ne.6).
d) Cartas foram escritas e falsos profetas subornados para tentarem interferir na obra de Neemias (Ne.6).
e) Palavras são armas. Não podemos nos esquecer disso. Uma palavra pode `derrubar' uma pessoa e destruir projetos e relacionamentos. Esta é uma das principais estratégias de Satanás no combate ao povo de Deus. Quando Jesus foi tentado no deserto, o inimigo usou palavras, com sofismas, propostas e questionamentos na intenção de induzi-lo ao erro (Mt.4). As afirmações malignas são contra o nosso caráter, capacidade, vocação, de modo que fiquemos desanimados e desistamos da missão que o Senhor nos confiou. Neemias não deu ouvidos ao que o inimigo dizia.
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